Oi oi todo muuundooo! Hoje eu estou aqui para falar da peça realizada ontem pelo meu grupo de Saúde Mental, abordando o assunto sobre antidepressivos. Quando a professora lançou os temas dos trabalhos disse logo que queria algo diferente e criativo, então decidimos optar mesmo para o teatro, embora sejamos tooodas amadoras, porém como a união faz a força, entre trancos e barrancos deu certo. Abaixo uma pequena abordagem do assunto e após clique no vídeo e assista a peça realizada pelo 6º período de Enfermagem da Faculdade Maurício de Nassau.


 Alunas do 6º período de Enfermagem, atrizes por um dia para falar de antidepressivos



Falando um pouco sobre os antidepressivos

 Foram descobertos na metade do século XX. Com o passar do tempo, novas classes de antidepressivos foram sendo desenvolvidas, e com a diminuição dos efeitos colaterais, o seu uso se popularizou. Não se sabe exatamente as causas da depressão, mas a concentração cerebral de algumas substâncias químicas, chamadas de neurotransmissores, estão envolvidas neste processo. As principais são a serotonina, a noradrenalina e a dopamina. A ação dos diferentes antidepressivos passam pela regulação dessas substâncias. Os antidepressivos se classificam de acordo com sua atividade no Sistema Nervoso Central (SNC). Acredita-se que o efeito antidepressivo se dê às custas de um aumento da disponiilidade de neurotransmissores no SNC, notadamente da serotonina (5-HT), da noradrenalina ou norepinefrima (NE) e da dopamina (DA). Ao bloquearem receptores 5HT2 os antidepressivos também funcionam como antienxaqueca. Os antidepressivos chamados de Inibidores Específicos da Recaptação da Serotonina (ISRS) são aqueles que não interferem ou interferem pouco nos demais neurotransmissores além da serotonina (5HT). Eles são menos perigosos que os tricíclicos e não causam efeitos secundários autónomos, mas são possivelmente menos eficazes em casos de depressão profunda. Os inibidores do transportador da serotonina são usados em depressão leve, ataques de ansiedade ou pânico, e distúrbio bipolar.

 Exemplos: 

CITALOPRAM Cipramil, Parmil, Procimax
FLUOXETINA Daforim, Deprax, Eufor, Fluxene, Nortec, Prozac, Verotina
NEFAZODONA Serzone
PAROXETINA Aropax, Pondera, Cebrilin
SERTRALINA Novativ, Tolrest, Zoloft, Serenata

 Antidepressivos Tricíclicos 

Os Antidepressivos tricíclicos são uma classe de fármacos usados no tratamento sintomático da depressão e outras síndromes depressivas. Eles têm esse nome devido a presença de três anéis de átomos.Os tricíclicos são usados no tratamento da depressão crônica ou profunda, e das fases depressivas na doença bipolar. Também usados no tratamento de dor neuropática (dor por disfunção nos neurônios das vias da dor) que não responde a opióides. Uma vez que os tricíclicos possuem efeito antiálgico, permitem que doses menores de analgésicos sejam empregadas. A analgesia possivelmente é oriunda de mudanças na concentração central de monoaminas, particularmente a serotonina, além do efeito direto ou indireto dos antidepressivos nos sistemas opióides endógenos. O mecanismo de ação envolvido na incontinência urinária possivelmente relaciona-se à atividade anticolinérgica, resultando no aumento da capacidade vesical, com estimulação direta beta-adrenérgica e atividade agonista alfa-adrenérgica, resultando em aumento do tônus esfincteriano e também por bloqueio central da recaptação. A ação antienurética da imipramina não está comprovada, mas possivelmente ela se relacione ao o efeito anticolinérgico desta. Na úlcera péptica, os tricíclicos reduzem a dor e contribuem na cicatrização completa uma vez que bloqueiam os receptores H2 da histamina nas células parietais e pelo efeito e anticolinérgico.

 Exemplo: 
Amitriptilina Clomipramina Desipramina: menos interferência no sistema nervoso autónomo (menos efeitos secundários). Mais especifico para transportador da noradrenalina.
Imipramina Nortriptilina: longa duração.
Doxepina 

Superdosagem dos Antidepressivos Triciclicos
 Os efeitos dos medicamentos desse grupo são mais notáveis no sistema nervoso central e periférico, com bloqueio dos sítios dos receptores de dopamina e inibição da recaptura de norepinefrina e serotonina com consequente aumento da concentração desses neurotransmissores na fenda sináptica. Produzem também um antagonismo competitivo dos receptores muscarínicos, alfa-adrenérgicos, serotoninérgicos e histamínicos. Interfere também na condução nervosa pelo bloqueio dos canais de sódio quando em altas concentrações. A causa mais frequente de óbitos por esses medicamentos é sua toxicidade cardíaca, explicada pela diminuição da condução elétrica cardíaca, bloqueio dos receptores muscarínicos, bloqueio dos receptores alfa-adrenérgicos induzindo vasodilatação, cardiotoxicidade induzida pela acidose metabólica concomitante, efeito depressor direto do miocárdio, entre outros. As manifestações clínicas dependem da dose ingerida, porém o número de comprimidos ingerido não é indicador de gravidade na intoxicação. Tem início em 30 a 40 minutos após a ingestão e pode ser uma síndrome bastante complexa, porém com manifestações anticolinérgicas evidentes. Podemos dividir em fases de intoxicação aguda: A primeira fase, que aparece no primeiro dia de intoxicação, se caracteriza por manifestações anticolinérgicas como mucosas secas, hipertermia, hiperemia, visão turva, taquicardia, excitação, delírios, alucinações, mioclonias, convulsões do tipo tônico-clônicas e outras distonias, além de midríase. A segunda fase aparece após o primeiro dia e pode durar até o terceiro dia, com um quadro de depressão dos estímulos neuroquímicos, com o aparecimento de diminuição do nível de consciência até coma, grau variável de depressão respiratória com consequente hipóxia, hiporreflexia, hipotensão e hipotermia. A terceira fase, que aparece após 72 horas, tem como característica o retorno do quadro de agitação, delírios e marcada síndrome anticolinérgica. As manifestações cardíacas podem surgir nas primeiras horas de intoxicação, mas com manifestações clínicas mais importantes nas fases subsequentes, em geral nos casos mais graves e incluem arritmias. A hipotensão é inicialmente por vasodilatação, mas pode evoluir por depressão miocárdica direta com posterior choque cardiogênico, edema agudo do pulmão e óbito. 

Superdosagem dos Antidepressivos Inibidores de Serotonina 
 Os antidepressivos inibidores seletivos de recaptação da serotonina são medicamentos de maior índice terapêutico, com menos efeitos colaterais e/ou tóxicos e por isso de utilização mais segura que os tricíclicos. As referências de doses tóxicas e letais mostram que estas são bastante altas, justificando o alto índice terapêutico. A síndrome serotoninérgica se vê em pacientes que tomam antidepressivos inibidores seletivos de recaptação da serotonina, medicamento usado para tratar a depressão, o transtorno do pânico e o transtorno obsessivo-compulsivo. Ela aparece também com derivados usados para tratamento da enxaqueca. No entanto, a síndrome resulta mais frequentemente de uma interação de drogas, quando dois ou mais agentes que aumentam a neurotransmissão serotoninérgica por diferentes mecanismos são administrados em combinação, ou em overdose. Ela é a consequência da estimulação excessiva dos receptores centrais e periféricos e seu diagnóstico não é dificultado pela falta de especificidade dos sinais clínicos. O modo de funcionamento do sistema serotoninérgico está diretamente ligado à complexidade dos receptores da serotonina e às diversas modificações que resultam da ativação desse sistema. Os sintomas mais comuns na superdosagem são: sinais anticolinérgicos, com sonolência, náuseas e vômitos, taquicardia, hipertensão, tremores, depressão do nível de consciência, convulsões, hipertermia, mucosas secas, retenção urinária e midríase; alterações de eletrocardiograma semelhantes às dos antidepressivos tricíclicos; a síndrome serotoninérgica, que pode ser dividida didaticamente em: leve, com manifestações de tremores, confusão mental, incoordenação, movimentos coréicos e midríase; moderada, com inquietude, agitação psicomotora, hiperreflexia, ataxia, rubor e diaforese; grave, com delírio, trismo, rigidez muscular, hipertermia, mioclonia e diarréia. Do ponto de vista clínico, algumas manifestações podem representar maior gravidade como: o coma, as crises epiléticas e a hipertermia. A evolução de outros pode servir como medida de melhora ou piora clínica – os tremores musculares, as mioclonias, a rigidez, a confusão mental ataxia e as convulsões.

 Assista a peça:



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Jéssica Araújo. Tecnologia do Blogger.

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